domingo, 5 de abril de 2009

PONTE DE LIMA (1)

A mais antiga Vila de Portugal comemorou 884 anos

Nasci a beira do Rio Lima
Rio saudoso, todo cristal
Daí a angustia que me vitima
Daí deriva todo o meu mal.

Por toda parte que tenho visto
Por toda parte por onde andei
Nunca achei nada mais imprevisto
Terra mais linda nunca encontrei!

António Feijó

Algumas semanas atrás, líamos uma reportagem no JN , escrita por L. Oliveira, com referência às comemorações do 884º Aniversário de Ponte de Lima, considerada a Vila mais antiga de Portugal.
Para além de relembrar este facto, chamou-nos à atenção esta notícia, porque algumas personalidades públicas foram distinguidas, entre a quais, uma figura limiana muito importante e respeitada nesta terra, o Sr. Cardeal Saraiva, tendo sido inaugurada uma estátua de bronze em sua honra, da autoria do artista local Salvador Vieira, e cujo acto foi presidido pelo Presidente da Câmara, Daniel Campelo.
No seu discurso realçou que «(…)não nos revemos nos valores do materialismo sem princípios e sem fronteiras, mas nos reais valores do trabalho, da terra, da natureza e da família!».
- Assim fosse sempre e por toda a parte! - acrescentamos nós.
Mas, o que nos apraz registar, ao lermos esta noticia da cerimónia em causa, foi ter sido distinguido com medalha de mérito (entre 11 homenageados, como o Poeta vianense Couto Viana) uma pessoa que durante mais de 25 anos esteve, julgamos que com todo o mérito, à frente da RTAM “Região de Turismo do Alto Minho”, tendo sido um incansável dinamizador e porque não, um sábio propagandista para todo o Mundo das riquezas patrimoniais edificadas e da beleza natural de que a província do Minho é deveras fértil.

Estou a referir-me ao Dr. Francisco José Torres Sampaio que, nos nossos tempos, ainda não descortinamos até hoje, quem divulgasse o Minho e com tanta paixão descrevesse de forma mais sábia e poética, todas as suas Cidades, Vilas, Aldeias, Lugares, Monumentos, Serras, Rios, o Mar Lusitano e sem nunca esquecer as suas gentes!
Alcunhado de “O Fidalgo Galego”quando um dia referiu que a fronteira Norte era um acaso político, exemplificando assim as potencialidades do mercado turístico conjunto do noroeste peninsular, proferiu a frase: «…Portugal nasceu aqui e é preciso que tenhamos brio nisso…», o mesmo respondeu a quem o alcunhava: «…sou galego, do rio Douro e Cávado para baixo são mouros…», brincava assim com a sua identidade, para chamar a atenção das potencialidades turísticas do Norte de Portugal e da Galiza.
Vai para duas décadas que já líamos com atenção as suas crónicas com descrições cheias de encanto e cativados pela beleza das suas fotos, por varias vezes nos deslocamos a tantos locais do Minho, de que a Vila de Ponte de Lima é um apaixonante exemplo.

Continua…

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